14 de dezembro de 2010


História


A primeira vez que apareceu um paciente com leucemia foi em 1827, quando um médico francês, Alfred Velpeau verificou que uma senhora de 63 anos tinha uma doença caracterizada por febre, fraqueza, aumento do volume do fígado e do baço. O médico reparou também que o sangue da senhora tinha uma consistência diferente do normal e primeiramente chamou-lhe de “corpúsculos brancos”.


Algumas das evoluções que permitiram ter conhecimento acerca da leucemia foram:
1845
Por várias pessoas terem morrido com aumento do baço e anomalias no sangue, o patologista Bennett, chamou a esta patologia “leucoythemia”.
1856
Começou a usar-se o termo “leucemia” e é da autoria de Rudolf Virchow (Alemão), e foi o primeiro a mencionar o facto de existir excesso de glóbulos brancos nos doentes com leucemia.
1877
Paul Ehrlich desenvolveu uma técnica de coloração que permitiu descrever os leucócitos normais e anormais.
1889
Wilhelm Ebstien introduziu o termo “leucemia aguda” para haver distinção entre as de progressão lenta e rápida.
1869
O termo “mielóide” foi criado por Neumann, este descobriu também que os glóbulos brancos eram produzidos pela medula óssea.
1879
Mosler, descobre o exame à medula óssea que permite diagnosticar leucemia.
1900
O mieloblasto, que é uma célula cancerígena, permitiu dividir a leucemia em mielóide e linfocítica.

7 de dezembro de 2010

Entrevista

Estivemos à conversa com Regina Maria da Silva Santos Melo de 36 anos, que sofreu de leucemia e tentámos perceber como ultrapassou esta fase da sua vida.

Nós: Bom dia!  

Sra. Regina: Bom dia!

Nós: Quando sofreu de leucemia?

Sra. Regina: Quando tinha apenas nove anos.

Nós: Do que é que se lembra dessa altura?

Sra. Regina: O que me lembro? Muitas coisas, coisas más. Nessa altura deixei de comer, vomitava a toda a hora, estive fechada num quarto escuro de um hospital durante quinze dias e só lá entravam os médicos.

Nós: Como se sentia?

Sra. Regina: Não tinha força, não conseguia fazer nada sozinha, até para andar precisava de ajuda.

Nós: Como descobriu que tinha a doença?

Sra. Regina: Demorei muito tempo até saber. Andei durante uma semana a vomitar e comecei a ficar desidratada. A minha mãe levou-me ao hospital de Coimbra onde me tiraram líquido da medula óssea para fazer análises. Ainda me lembro muito bem da agulha.

Nós: Sabe qual foi o tipo de leucemia que teve?

Sra. Regina: Não, não sei, mas também já não interessa.

Nós: Como conseguiu lidar com a doença?

Sra. Regina: Ainda era muito nova, tinha apenas nove anos por isso, não percebia bem o que era. E como estava num hospital pediátrico os profissionais tinham mesmo essa função. Além disso, ainda tive de lidar com o facto de levar sangue que não era meu.

Nós: Tem ideia de quanto tempo durou esta fase da sua vida?

Sra. Regina: Tive seis semanas internada, depois fui acompanhada durante quatro ou cinco anos para ver se estava tudo a correr normalmente.

Nós: O que é mais importante para um doente de leucemia para não se deixar ir a baixo?

Sra. Regina: Para um doente com leucemia e para qualquer outro doente é importante acreditar e ter força de vontade. O primeiro passo para a cura é acreditar que é possível.
Nós: Obrigada por se ter disponibilizado para esta entrevista!

25 de novembro de 2010

18 de novembro de 2010

Execução do trabalho a expor



Falando sobre a Leucemia...

Afinal o que implica a Leucemia?
O que é ?
A leucemia é uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. Nesta patologia há uma produção descontrolada de glóbulos brancos, o que faz com que o número de células normais reduza ao longo do tempo.

Sintomas:
* Febre e suores nocturnos;
* Infecções frequentes;
* Sensação de fraqueza ou cansaço;
* Dor de cabeça;
* Sangrar e fazer nódoas negras facilmente: gengivas que sangram, manchas arroxeadas na pele, ou pequenas pintas vermelhas sob a pele;
* Dor nos ossos e articulações;
* Inchaço ou desconforto no abdómen (em consequência do aumento do baço);
* Gânglios inchados, especialmente os do pescoço e das axilas;
* Perda de peso.

Tipos de leucemia
Os tipos de leucemia são agrupados pela rapidez de desenvolvimento da doença e seu agravamento. A leucemia pode ser crónica (piora lentamente) ou aguda (piora rapidamente).
Leucemia crónica: há uma acumulação de células sanguíneas relativamente maduras, porém ainda assim anormais. As células brancas anormais são produzidas numa taxa bem maior que as normais.
Leucemia aguda: há um crescimento rápido de células sanguíneas imaturas. Essa acumulação torna a medula óssea incapaz de produzir células sanguíneas saudáveis.
Os tipos de Leucemia são, também, agrupados pelos tipos de glóbulos brancos afectados.
Leucemia  mielóide crónica: células que se encontram na medula óssea transformam-se em cancerosas e produzem um número elevado de granulócitos anormais (um tipo de glóbulos brancos)
Leucemia mielóide aguda: a medula óssea produz um grande número de células sanguíneas anormais.
Leucemia linfocítica aguda: produção descontrolada de células sanguíneas.
Leucemia linfocítica crónica: neoplasia (muitas divisões celulares) dos glóbulos brancos conhecidos como linfócitos, caracterizada por um aumento lento e progressivo dessas células no sangue e na medula óssea.